quarta-feira, 17 de abril de 2013

Minha Primeira Vez!: Romário Farias

(Fonte: Acervo Pessoal)
Romário Farias, 25 anos, é o que se pode dizer de um conhecedor ex cathedra de histórias em quadrinhos. Formado em História pela Universidade Estadual do Piauí em 2011, seu trabalho de conclusão de curso foi relacionando o período conhecido como Guerra Fria e a aclamada minissérie Watchmen. Mas é claro que ele não é hoje o personagem do Minha Primeira Vez pra falar disso e sim, como foi a primeira ou mais marcante experiência com os quadrinhos que fez dele de leitor ocasional pra fã completo. 










Superaventuras Marvel nº 150,
dezembro de 1994.
(Fonte: Gibi House)
Olhava atentamente pra uma HQ na prateleira de uma banca de revista que ficava bem perto da minha casa enquanto esperava o ônibus com minha mãe. Eu nem pedi, ela comprou e me entregou. O ano era 2000, eu tinha uns 12 ou 13 anos. O título da HQ era Uma Bala Para Um Justiceiro e li escondido na sala de aula. Na trama, até onde lembro, o Demolidor queria proteger um criminoso que estava a caminho do julgamento, o Justiceiro buscava punir da forma que acreditava ser a correta e o Homem-Aranha queria evitar o conflito entre os dois. 


No momento em que li fiquei meio irritado porque o Demolidor rebatia uma bala do Justiceiro atirando uma faca, nunca gostei daquele vermelhinho. Virei fã do Justiceiro. Procurando agora na internet, encontrei a revista em alguns sebos, bateu uma saudade daquele título, naquele momento não tinha tanto apego. Talvez ainda encontre aqui em casa, numa dessas surpresas de coisas que perdemos.










Criado por Stan Lee e Bill Everett em 1964, o Demolidor é um herói da Marvel Comics. Secretamente, ele é Matt Murdock, advogado que perdeu a visão ainda garoto ao ser atingido por um isótopo radioativo nos olhos após salvar a vida de um cego. A tragédia lhe concedeu uma ampliação sobre-humana de seus outros sentidos e uma espécie de radar que lhe permite distinguir objetos e até descobrir se alguém está mentindo. 

Já o Justiceiro é o ex-boina-verde Frank Castle, que depois de ter sua família assassinada por acidentalmente ter testemunhado uma execução da Máfia, arma-se até os dentes e se torna um vigilante extremamente violento, para quem bandido bom é bandido morto (e com bastante dor). Foi criado por Gerry Conway, John Romita e Ross Andru em 1974.

Tanto Demolidor como Justiceiro alcançaram seu auge no Brasil na revista Superaventuras Marvel, antologia da Editora Abril publicada entre 1982 e 1997.

QCast#1: Super-Heróis no Cinema- Parte 1- Batman

(Fonte: CineTV e Cia.)


No nosso primeiro podcast do Quadrante9, o QCast, começamos com uma série especial sobre adaptações de super-heróis para o cinema. Valdemar Morais recebe os convidados Filipi Cloud (do site Robozilla.net), o cinéfilo Luis Filipe Souza (Bira), e os fanboys Caio Brandão e Pablo Cavalcante para relembrar os momentos mais emocionantes – e os constrangedores também- da primeira cinessérie do Cavaleiro das Trevas, formada pelos filmes Batman (1989), Batman: O Retorno (1992), Batman Eternamente (1995) e Batman & Robin (1997).

Ouçam, divirtam-se, comentem e até a parte 2!

Comentados no podcast:



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sábado, 13 de abril de 2013

O Incrível Hulk: O Golias Esmeralda!


Hulk por John Byrne.
(Fonte: Keane On Comics Tumblr)
Por Valdemar Morais


Nome Original: Hulk.
Criadores: Stan Lee e Jack Kirby.
Alter-egos: Bruce Banner, Robert Bruce Banner, Sr. Tira-Teima, o Quebra-Mundos.
Amigos: Betty Ross, Rick Jones, Marlo Chandler, Doc Samson, Caiera.
Inimigos: Líder, Abominável, Os Alienígenas, Gremlin, Wendigo, Os Caça-Hulk, Zzzax, Maestro.
Afiliações: Vingadores, Defensores, Panteão, Pacto de Guerra.
Primeira Aparição: The Incredible Hulk nº 1 (1962)- Marvel Comics.








A infância de Bruce Banner não foi nada fácil. Seu pai, Brian, um homem alcoólatra e violento, descarregava na esposa todas as suas frustrações, espancando-a impiedosamente. Vítima também dessas violências, Bruce reprimia dentro de si todo o ódio e o sofrimento que vivia e que alcançou seu clímax quando enfim sua mãe foi assassinada por seu próprio pai.

Para aplacar tamanha tragédia, Bruce acabou dedicando seu tempo e disposição aos estudos, formando-se, ao chegar à vida adulta, num brilhante físico nuclear. Seu currículo invejável lhe abriu espaço para um emprego no Departamento de Defesa dos Estados Unidos, na área de pesquisa nuclear, chefiada pelo irascível General Thaddeus “Thunderbolt” Ross. Na base de pesquisa no deserto do Novo México, o Dr. Banner construiu e planejou o teste da primeira Bomba Gama, uma arma feita com alta carga de radiação desse tipo.

Quando o teste já estava em contagem regressiva, Banner avistou um jovem, Rick Jones, adentrar a área da explosão e ordenou a interrupção do experimento, enquanto ele próprio correu para tirar o rapaz de lá. O que Banner não imaginava era que um dos membros da equipe técnica do teste era um espião soviético que ignorou sua ordem e detonou a bomba. Banner ainda conseguiu empurrar Jones para uma vala de proteção, mas acabou atingido em cheio pela onda de radiação gama.

Bruce Banner sobreviveu, mas não sem consequências. Ele descobriu que em momentos de estresse, se transformava num gigante verde extremamente forte e furioso, que quanto mais irritado, mais poderoso fica: o Incrível Hulk. A partir de então, Bruce se tornou um andarilho, fugindo de grandes aglomerações – para evitar machucar inocentes- e do Exército dos Estados Unidos, que o julga uma ameaça. Isso teve um efeito cruel para o cientista, pois o afastaria de Betty Ross, filha do General Ross e sua grande paixão. Apesar disso, o sentimento recíproco de Betty jamais permitiu que os dois não ficassem juntos.

Embora considerado um perigo extremo onde for, o Hulk, quando não provocado, só quer ficar em paz e, muitas vezes, salvou a Humanidade de várias criaturas bem mais ameaçadoras do que ele, tais como o Líder, o Abominável, os Alienígenas e Zzzax. Nessas aventuras, quase sempre esteve acompanhado de Rick Jones, que consciente de que o Hulk e Bruce Banner eram a mesma pessoa, se sentiu responsável pelo Gigante Esmeralda.

O estado emocional do Hulk lhe rendeu rivais
até entre os heróis, entre eles, Thor.

(Fonte: Leitura de BD)
Um dia, o deus nórdico da trapaça, Loki, incitou o Hulk a atacar seu meio-irmão, o Poderoso Thor. O confronto dos dois chamou a atenção dos heróis Homem de Ferro, Homem-Formiga e Vespa. Quando o estratagema foi descoberto, os guerreiros se uniram e derrotaram o deus maligno. Convencidos da importância daquela união, eles decidiram formar uma equipe permanente: os Vingadores.

Fazer parte do time foi uma tentativa do Hulk de ser aceito e mais bem-visto pelo público em geral, mas seu humor oscilante e os consequentes conflitos com os parceiros terminaram por fazê-lo abandonar o grupo. Seu posto foi assumido pelo Capitão América. Algum tempo depois, o Hulk acabou encontrando lugar na equipe dos Defensores, formada basicamente pelo Dr. Estranho, Namor e Surfista Prateado. Irregular, a equipe se reuniu e se desfez várias vezes.







Depois de anos de vida em fuga, enfrentando grandes ameaças, unindo-se aos principais heróis Marvel e encarado mais como um anti-herói, Bruce Banner, graças aos esforços do psiquiatra Leonard “Doc” Samson e da prática de ioga e meditação, passou a encarar o Hulk mais como parte dele mesmo do que como uma maldição. Banner superou seus traumas pessoais e compreendeu como controlar sua transformação no Hulk, utilizando-a sempre para proteger a si mesmo ou a Humanidade.

Herói com a maior força física do Universo Marvel, o Hulk possui também um fator de cura que o mantém seguro de qualquer ferimento, lesão ou enfermidade, além de ter grande resistência e velocidade. Com suas poderosas pernas, o Hulk é capaz de realizar enormes saltos, que lhe permitem atravessar continentes em poucos minutos.


O Hulk no traço de Dale Keown, um de seus
melhores ilustradores.

(Fonte: Radiação Gama)


Fonte

  • Hulk em Enciclopédia Marvel, Panini Comics (2005);
  • Dossiê Incrível Hulk em Mundo dos Super-Heróis nº 10, (2008).

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Falcão: O Vingador Alado!

Por Valdemar Morais



Falcão e Asa Vermelha. Arte de Greg Tocchini.
(Fonte: Greg Tocchini Tumblr)









Nome Original: Falcon.
Criadores: Stan Lee e Gene Colan.
Alter-egos: Sam Wilson, Samuel Thomas Wilson.
Amigos: Capitão América, Sharon Carter, Bucky.
Inimigos: Caveira Vermelha, Barão Zemo, Grande Mestre, H.I.D.R.A., Arnim Zola, Dr. Faustus, Ossos Cruzados, Pecado, IMA.
Afiliações: Vingadores.
Primeira Aparição: Captain America nº 117 (1969)- Marvel Comics











Desde cedo, Sam Wilson demonstrou afinidade com as aves e embora tivesse uma posição crítica em relação a seus pais, muito religiosos, sempre procurou fazer as coisas do modo certo. Isso durou até o dia em que, com um curto espaço de tempo, Wilson perdeu seus pais para a violência urbana. Magoado por aquele golpe da vida, ele se voltou contra os princípios que exercia e passou a agir como um estelionatário e cafetão em Los Angeles. Durante uma viagem rumo ao Brasil, Wilson caiu de avião na ilha dos Exilados, um grupo de asseclas do vilão nazista Caveira Vermelha que escravizava os nativos. Lá, Wilson conheceu e se afeiçoou ao falcão Asa Vermelha, com quem descobriu um forte elo telepático.





O Falcão com seu primeiro uniforme 
na capa de Captain America nº 119 (1969)
Arte de Gene Colan
(Fonte: Marvel Wikia)
Este elo telepático, que posteriormente daria a Wilson o poder de se comunicar também com outras aves bem como compartilhar de seus sentidos, na verdade havia sido concedido pelo Caveira Vermelha, que à época estava em posse do Cubo Cósmico. O Cubo era uma poderosa arma capaz de moldar a realidade ao gosto de seu detentor. Consciente de que o Capitão América lutaria pela libertação dos nativos da ilha, o Caveira planejava usar Wilson para destruir o herói. Para isso, concedeu-lhe poderes e apagou da história seu passado criminoso, tornando-o um homem honrado e bem-sucedido que eventualmente foi atraído para a ilha. 

O Capitão América realmente aparece e ajuda Wilson a mobilizar os nativos contra os Exilados, orientando-o a se tornar um símbolo para eles. Inspirado em Asa Vermelha, Wilson assume a identidade de Falcão, liberta-se do controle do Caveira e derrota a ele e a seus aliados junto com o Capitão. Reconhecendo nele um grande potencial, o Sentinela da Liberdade decidiu acolhê-lo como seu aprendiz e parceiro.




Após diversas atuações ao lado do Capitão, Wilson ganhou um presente do Pantera Negra: um novo traje especial com asas movidas a jato. Pouco tempo depois, o Falcão foi convidado a integrar os Vingadores. No entanto, naqueles tempos, a equipe sofria intervenção direta do governo estadunidense e ao descobrir que fora chamado unicamente por ser negro e representar uma minoria, o Falcão abandonou o grupo e passou a atuar apenas como parceiro do Capitão América. Posteriormente, voltou a agir em conjunto com o grupo por seus próprios méritos.

Um herói majoritariamente comunitário, o Falcão raramente se afasta do Harlem, bairro de Nova York onde nasceu e cresceu, pois acredita que agindo ali pode inspirar ações de solidariedade e companheirismo entre as pessoas comuns.  

Além de vastos conhecimentos sobre variados estilos de luta, fruto de seu treinamento com o Capitão América, o Falcão é capaz de voar graças ao seu traje cibernético. O falcão Asa Vermelha, com quem tem um elo telepático, obedece aos seus comandos e entra em combate feroz ao lado do herói sem titubear. A relação que mantém com as aves se expandiu com os anos e hoje o Falcão pode não só comandá-las como estabelecer um vínculo que lhe permite compartilhar suas memórias, visão, audição e outros sentidos.


O Falcão fazendo parte da equipe dos Vingadores em arte
promocional do desenho animado
Avengers Assemble
(Fonte: Marvel TV News)



Fonte

Minha Primeira Vez!: Bernardo Aurélio


Por Valdemar Morais


Bernardo Aurélio exibe um de seus
trabalhos em sua loja, a Quinta Capa.

(Fonte: Acervo Pessoal)


No post de hoje, Minha Primeira Vez encontrou com mais um artista da terra. Bernardo Aurélio, 30 anos, é escritor, desenhista - autor do álbum Foices & Facões: A Batalha do Jenipapo, com seu irmão Caio Oliveira-, livreiro e proprietário da comic shop Quinta Capa Quadrinhos, um dos pontos de encontro mais importantes para os fãs da Nona Arte em Teresina, Piauí. Fã declarado de mestres do traço como Ivo Milazzo (Ken Parker) e Moebius (A Garagem Hermética), Bernardo conta qual foi e como foi sua primeira experiência com as HQs (ou a mais marcante):











O Incrível Hulk nº 90, dezembro de 1990,
edição na qual a história
Amigos saiu
no Brasil.

(Fonte: Gibi House)

Lembro de uma edição de Hulk que li. Me marcou porque eu estava doente, com catapora, e passei um tempão deitado na rede. Meu pai chegou um dia da rua e me passou um hambúrguer pela janela. Uma criança sendo mimada, na rede, comendo hambúrguer e lendo gibis. Eram um monte de revistas do Hulk na fase da “encruzilhada”. 

Era uma história (Amigos, de Bill Mantlo, Alan Kupperberg e  Gerry Talaoc) onde uma criatura simbionte grudou nas costas dele, com dentes grandes. No começo ele reluta, se atira contra a parede, mas depois aceita viver com o bichinho como se fosse um carrapato enfiado na altura do pescoço. Acho que a criatura morre no final. E o Hulk chora. Isso me marcou de uma forma estranha. Queria muito reler esse HQ.










Herói da Marvel Comics, o Hulk foi criado em 1962 por Stan Lee e Jack Kirby. Apanhado pela explosão prematura da primeira Bomba Gama, o cientista Dr. Bruce Banner se viu transformado pela radiação num monstruoso, superforte e distorcido reflexo dele mesmo: o gigante esmeralda conhecido como o Incrível Hulk. Durante uma fase de sua vida, o Hulk se tornou muito instável e acabou sendo exilado por outros heróis numa dimensão paralela, na qual era transportado a diversos mundos, numa viagem que só terminaria quando encontrasse um lugar onde se sentisse feliz. Essa fase ficou conhecida como Encruzilhada.


Fonte

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Minha Primeira Vez: Igor Drey!


Por Valdemar Morais


(Fonte: Acervo Pessoal)



Minha Primeira Vez é a seção do Quadrante9 onde artistas e fãs abrem o coração e falam sobre qual e como foi a sua primeira experiência com as histórias em quadrinhos ou mesmo qual foi aquela que lá atrás marcou de forma tão pungente que mergulhar nesse mundo se tornou irresistível. Hoje, Igor Drey, de 29 anos, publicitário e estudante do oitavo período do curso de História, na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), é quem fala um pouco sobre sua primeira vez. E olha que ele começou muito bem...













(Fonte: EBooks Gratis)
Tentar lembrar da minha primeira experiência com o mundo dos quadrinhos é uma tarefa um tanto difícilPor um motivo ou outro, o fato é que o momento que o universo dos HQs se apresentou (ou se re-apresentou) na minha vida foi sim, um momento no mínimo curioso. Para ser mais próximo de uma exatidão temporal, essa experiência foi há cerca de um ano, quando durante um momento prosaico de assistir uma aula enfadonha na universidade, um amigo surge com alguns HQs em mãos e resolvo pegar algum para folhear, menos pela curiosidade e mais por uma tentativa de fugir da aula. 

O fato é que ao dar aquela primeira olhadela no HQ em questão, uma obra do italiano Milo Manara – de título Revolução – aquele universo de imagens e narrativas me cativou profundamente. Já acostumado a ter na leitura uma atividade diária, o HQ reuniu ali na minha frente, além do texto, as imagens - os personagens em “traço e cor”, com seus movimentos e trejeitos.

Depois desse primeiro contato - li toda a HQ durante aquela aula - passei a consumir bastante esse tipo de literatura – ou seria mídia? –. Começando por Milo Manara, e seu mundo de erotismo – que li vários outras obras - além de outros autores que vão nesse – suposto – estilo de quadrinhos “adultos”, como Robert Crumb e Joe SaccoDesde então os HQ`s disputam lugar na minha estante, nas sacolas de compra e no tempo de leitura com os livros e os trabalhos acadêmicos.



Milo Manara é um dos mais apreciados quadrinistas europeus. Com um traço limpo e muito sensual, Manara fez fama com as mulheres voluptuosas que até hoje faz desfilar por seus álbuns de quadrinhos eróticos como Clic, Gullivera e Bórgia (este, em parceria com Alejandro Jodorowsky). Em Revolução, publicada em 2007 pela Conrad Editora, Manara faz uma ferina fábula social dos nossos tempos, claramente inspirada na Revolução Francesa



Fonte



Quarteto Fantástico: A Família nº 1 da Marvel!


Por Valdemar Morais


Quarteto Fantástico. Arte de Mark Bagley.

Nome Original: Fantastic Four.
Criadores: Stan Lee e Jack Kirby.
Formação Principal: Sr. Fantástico, Mulher Invisível, Tocha Humana e Coisa.
Amigos: Namor, Homem-Aranha, Pantera Negra, Vigia, Surfista Prateado, Mulher-Hulk, Homem-Formiga, Luke Cage.
Inimigos: Dr. Destino, Galactus, Skrulls, Krees, Monge do Ódio, Diablo, Aniquilador, Blastaar, Mestre dos Bonecos.
Afiliações: Vingadores.
Primeira Aparição: The Fantastic Four nº 1 (1961)- Marvel Comics.













Durante a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, o Dr. Reed Richards, um gênio científico considerado o legítimo sucessor de Albert Einstein, trabalhava num projeto de nave capaz de acelerar o domínio do Homem sobre viagens interestelares. Quando o governo estadunidense decidiu cortar as verbas que alimentavam a pesquisa de Richards, o cientista tomou uma medida desesperada para salvar a obra de toda a sua vida.

Formando uma tripulação improvisada, composta por sua namorada, Sue Storm, o irmão dela, Johnny e seu velho amigo, o piloto de testes Ben Grimm, Reed embarcou numa viagem espacial para testar a eficácia de sua nave. No entanto, o cientista confiou demais na resistência da fuselagem da nave ao cruzar o Cinturão de Van Allen e os quatro tripulantes foram bombardeados por raios cósmicos.

De volta à Terra, os quatro se descobriram dotados de incríveis superpoderes: Reed agora era capaz de esticar partes de seu corpo e moldá-lo como desejasse; Sue, a partir de sua concentração, se tornava invisível e criava poderosos campos de força; Johnny podia entrar em combustão espontânea sem que isso lhe causasse danos, sendo capaz de lançar rajadas de fogo e até voar e Ben, por sua vez, se viu transformado numa superforte e virtualmente invulnerável criatura de pedra.

Convencidos a usar esses poderes para o bem da Humanidade, eles assumiram as alcunhas de Sr. Fantástico, Garota/Mulher-Invisível, Tocha Humana e Coisa e se tornaram a equipe de heróis exploradores conhecida como Quarteto Fantástico.



O Quarteto Fantástico enfrenta seu maior inimigo,
o Dr. Destino. Arte de John Byrne.

(Fonte: Comicvine)
Amados pelo povo como verdadeiras celebridades, os quatro heróis enfrentaram em suas aventuras diversos perigos entre cientistas malignos, extraterrestres, monstros e até bruxos. Na sua galeria de vilões, destacam-se o alienígena expansionista Aniquilador, as raças guerreiras Krees e Skrulls e, sobretudo, Galactus, o devorador de mundos e o malévolo Dr. Destino, o déspota da Latvéria e considerado por muitos o maior vilão do Universo Marvel.





Em meio às batalhas contra esses cruéis seres, Reed e Sue se casaram – em The Fantastic Four Annual nº 3 (1965), com direito a presença dos próprios Stan Lee e Jack Kirby- e aumentaram a família com seus filhos Franklin e Valéria. A equipe também forjou alianças com outros super-heróis como o Homem-Aranha (grande amigo do Tocha Humana), Pantera Negra e o Surfista Prateado. Quando dos impedimentos de um ou outro integrante, engrossaram as fileiras do Quarteto outros aventureiros como Luke Cage, Mulher-Hulk e Homem-Formiga.

Seja diante de ameaças menores ou maiores, o Quarteto Fantástico está sempre unido para se lançar ao desconhecido, sendo muito mais do que um time, mas uma verdadeira família. 

Fonte

  • Quarteto Fantástico em Enciclopédia Marvel, Panini Comics (2007);
  • Dossiê Quarteto Fantástico em Mundo dos Super-Heróis nº 5, Editora Europa (2007);