segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Coringa: O Príncipe Palhaço do Crime!


Por Valdemar Morais

O Coringa em arte de Brian Bolland que faz
referência à famosa HQ
Os Peixes Risonhos

(Fonte: Joker Universe)





Nome Original: Joker.
Criadores: Bob Kane, Bill Finger e Jerry Robinson. 
Alter-egos: Desconhecido.
“Amigos”: Arlequina, Alegretes.
Inimigos: Batman, Comissário Gordon, Robin, Asa Noturna, Batgirl, Caçadora, Superman.
Afiliações: Gangue da Injustiça, Sociedade Secreta dos Supervilões.
Primeira Aparição: Batman nº 1 (1940)- DC Comics. 















Assalto, extorsão, vandalismo, sequestro, homicídio, tortura, assassinato em massa. As especialidades do psicopata conhecido como Coringa são as mais variadas e perturbadoras. Temido inclusive por outros criminosos, o Coringa conquistou o posto de maior adversário de Batman, especialmente pelo seu sadismo, senso de humor doentio e um instinto violento imprevisível. 

A história de seu passado é tão intransponível quanto a lógica de sua insanidade. Uma de suas possíveis origens – e a mais famosa- é narrada na graphic novel Batman: A Piada Mortal (1988), de Alan Moore e Brian Bolland. Segundo Moore, antes do Coringa, havia um simples operário de uma indústria química em Gotham City, que sonhava em alcançar a fama como comediante. Ao se demitir para tentar realizar essa aspiração, ele bateu de frente com a dura rejeição das plateias. 

Casado e com a esposa grávida, o operário aceitou a proposta de tomar parte num assalto à fábrica de baralhos Monarca. Esta ficava ao lado da indústria química onde ele outrora trabalhava e sua missão era abrir o acesso de seus comparsas através das dependências de seu antigo emprego. Porém, antes que o plano se concretizasse, uma tragédia: sua esposa morre num acidente doméstico. Coagido por seus companheiros, o operário seguiu em frente com o plano e, para manter sua identidade a salvo, se mascarou com um capacete espelhado de cor rubra e assumiu o codinome de Capuz Vermelho. 


O fracasso na comédia e a vinda de uma criança
arremessam o futuro Coringa num caminho fatal. 

Arte de Brian Bolland 
em A Piada Mortal.
(Fonte: Gotham Alleys)
No assalto, tudo dá errado. Os bandidos são surpreendidos por Batman e pelos guardas da fábrica. Enquanto seus cúmplices são mortos pelos seguranças, o operário, ao ser perseguido pelo Homem-Morcego, se apavora e na sanha de escapar, se joga num rio próximo à indústria – e lotado de resíduos químicos. O efeito do mergulho é chocante: seu cabelo se torna verde, a pele totalmente branca e os lábios vermelho-sangue. Diante da aparência horrenda e do colapso nervoso vivido, o operário enlouquece, perde inteiramente sua memória e assume a alcunha de Coringa pela semelhança com o elemento do baralho. 

Na sua primeira ação criminosa, o Coringa tentou envenenar o reservatório de água de Gotham. No entanto, o criminoso foi habilmente detido por Batman e isso bastou para que uma relação feroz e quase obsessiva de ódio para com o vigilante surgisse. Em seus planos absurdos e genocidas, o Coringa lança mão de diversas armas, desde os revólveres de mentira – com a famosa bandeirinha de BANG!- até bazucas. No entanto, suas marcas registradas são o anel com um botão que dispara uma letal descarga elétrica contra o desavisado que se deixa apertar sua mão e o gás do riso, um composto químico que literalmente mata de tanto rir quem o respira. 

Além de capangas quaisquer, o Coringa não se dá ao luxo de ter amigos - logo porque seu instinto assassino pode dar cabo dos coitados quando menos se espera-, mas tem como parceira recorrente a tresloucada Arlequina, identidade assumida pela ex-psiquiatra Harleen Quinzel, que se apaixonou perdidamente pelo vilão e enlouqueceu por ele. Mesmo com as recorrentes tentativas do Coringa de matá-la quando faz algo errado, Arlequina jamais deixa de amar seu "pudinzinho". Vinculados também ao palhaço existem os Alegretes, uma gangue de arruaceiros inspirados no visual e no estilo criminoso do psicopata.


O impulsivo Jason Todd caiu numa armadilha do Coringa
e selou seu destino na saga
Morte Em Família.
Arte de Jim Aparo.
 

(Fonte: Comic Book Resources)
Dentre suas maiores atrocidades em sua doentia carreira, o Coringa foi autor de pelo menos duas tragédias que afetaram Batman em cheio: o aleijamento com um tiro e o suposto estupro de Bárbara Gordon, filha do Comissário Gordon e a primeira Batgirl, e o assassinato de Jason Todd, o segundo Robin. Mesmo depois de todas essas monstruosidades e de muitas chances de selar de vez o destino do Coringa, Batman não quebra seu juramento de jamais tirar uma vida e prossegue sempre anulando os planos do palhaço do crime e o recapturando, todas as vezes que ele escapa do Asilo Arkham, o manicômio judiciário de Gotham.





Fonte:
  • Coringa em Batman- A Trajetória
  • Graphic Novel nº 5 (1988)- Batman: A Piada Mortal
  • A Morte de Robin nº 1 a 3 (2002), Abril Jovem.
  • Batman: O Homem Que Ri (2005), Panini Comics.
  • A Origem do Coringa em DC + Aventura nº 1 (2007), Panini Comics.

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