O Monstro do Pântano em arte espetacular de John Totleben. (Fonte: Miscellany) |
Por Valdemar Morais
Nome Original: Swamp Thing.
Criadores: Len Wein e Berni Wrightson.
Alter-egos: Alex Olsen/Alec Holland.
Amigos: Abby Holland, John Constantine.
Inimigos:
Arcano, Homem-Florônico, Brujeria, Cara de Bomba.
Afiliações:
Parlamento das Árvores.
Primeira Aparição (como Alex
Olsen): House
Of Secrets nº 92 (1971)- DC Comics.
Primeira Aparição (como Alec
Holland): Swamp
Thing nº 1 (1972)- DC Comics.
Um
personagem diferente por vários prismas, o Monstro do Pântano emergiu como uma
mera figura de uma antologia de HQs de terror para se tornar um dos mocinhos
mais queridos e celebrados dos quadrinhos.
Em
House Of Secrets nº 92, Alex Olsen
era um cientista cuja esposa, Linda, era alvo dos amores de seu sócio, Damian
Ridge. Louco para tê-la para si, Ridge arquiteta um incêndio para dar fim à
Olsen e depois de ver seu plano dar certo, atira o corpo do colega num pântano.
De lá, após alguns meses, milagrosamente, Olsen ressurge como uma criatura de
musgos e lodo. Ele reencontra Ridge como marido de Linda, tramando a morte dela para encobrir seu próprio assassínio. O monstro o impede e pune Ridge, bem a tempo de salvar sua ex-esposa,
mas diante de sua aparência apavorante, não consegue permanecer com sua amada e
foge.
Diante
do sucesso da história, a National Comics (DC Comics) encomendou uma nova série com o personagem
aos criadores Len Wein e Berni Wrightson. Na nova versão da origem do monstro,
publicada em Swamp Thing nº 1, o
cientista agora era Alec Holland que, com sua esposa Linda, trabalhava numa
fórmula para fertilizar desertos, quando foi atacado por membros de uma
organização chamada Conclave, que tencionava obter o composto. Atingido pela
explosão de uma bomba, Holland se atirou num pântano, na busca de escapar do
fogo que o consumia. De lá, emergiu como uma criatura de aspecto vegetal,
chamada de Monstro do Pântano.
A
partir de 1983, o personagem alcançou grande sucesso pelas mãos do escritor britânico Alan Moore,
que por sua vez inseriu uma reviravolta no personagem durante a história Lição de Anatomia. Ao invés de um homem
que havia se transformado numa planta, na verdade, o Monstro do Pântano era uma
planta que adquirira as memórias de Alec Holland e achava que era um homem. Com
isso, o personagem alcançou novos horizontes e mergulhou ainda mais em
aventuras cheias de mistério e terror psicológico.
O Monstro do Pântano descobre sua verdadeira origem em Lição de Anatomia. Arte de Steve Bissette em The Saga Of Swamp Thing nº 21 (1984) (Fonte: Newsarama) |
Embora
não seja um herói convencional, o Monstro do Pântano encarou ameaças muito
sérias. A começar por seu arquinimigo Arcano, um cientista e feiticeiro cuja
obsessão é alcançar a imortalidade e que para isso, não mede esforços, sendo capaz inclusive de ferir membros de sua própria família como sua sobrinha Abby. Mesmo morto
pelo Monstro, Arcano voltou do inferno diversas vezes para atormentar seu
adversário.
Outra figura que rende dores de cabeça ao Monstro é o Homem-Florônico, um ecoterrorista meio homem,
meio planta, que também já deu trabalho a heróis como Batman e Elektron, além
de ter sido responsável pela gênese da vilã Hera Venenosa. Contratado por militares que caçavam o Monstro, foi Florônico quem descobriu a verdadeira natureza da criatura pantanosa.
Em
sua trajetória, o Monstro do Pântano se apaixonou pela bela Abigail “Abby”
Arcane (também conhecida como Abby Cable e depois Abby Holland), personagem recorrente desde o começo
de sua série e uma das protagonistas na fase escrita por Alan Moore. Durante a
redescoberta de sua origem e poderes, na saga Gótico Americano, o Monstro do Pântano conheceu John
Constantine, um mago amoral que lhe serviu de mestre e lhe esclareceu que ele,
na verdade, era um Elemental, um ente da Natureza que controlava o reino
vegetal conhecido como O Verde e que era apenas mais um de uma longa dinastia de
elementais que, após o fim de seus ciclos, se reuniam no Parlamento das Árvores,
um santuário localizado na Amazônia Brasileira.
Na saga Gótico Americano, o Monstro do Pântano encontrou os principais heróis místicos da DC Comics. Arte de Steve Bissette para Swamp Thing nº 50 (1986) (Fonte: I Am The Phantom Stranger) |
O objetivo de Constantine era preparar o
Monstro até que ele alcançasse todo o seu potencial e pudesse enfrentar a Brujeria,
um culto horripilante de bruxos que tencionava destruir o Paraíso durante a
tensão causada pelo evento Crise Nas
Infinitas Terras. Posteriormente, Constantine se tornaria uma espécie de
aliado do Monstro, embora a relação entre eles vez por outra estremeça diante
das atitudes controversas do mago.
Na
fase inicial de suas tramas, o Monstro do Pântano era dotado de superforça e a
capacidade de regenerar seu corpo. Quando o personagem se descobriu um avatar
do Verde, seus poderes aumentaram e ele passou a ter controle absoluto sobre os
vegetais, fosse movê-los, fazê-los crescer ou mesmo “viajar” por eles com sua
consciência, sendo capaz de desfazer seu corpo num lugar e reconstruí-lo do
outro lado do mundo.
Ele também é capaz de reproduzir cópias de si mesmo,
aumentar e diminuir de tamanho e muitas outras habilidades, dependendo do autor
de suas histórias. Na HQ Ritual da Primavera, da fase Alan Moore - publicada no Brasil em Superamigos nº 34 (1988)-, no interesse de concretizar seu romance,
o Monstro produziu um tubérculo que, comido por Abby Holland, gerou uma sensação
semelhante a um orgasmo.
Depois
de anos no selo de histórias adultas Vertigo, em 2011 o Monstro do Pântano
voltou a conviver com os super-heróis do Universo DC em seu título próprio, na
linha editorial Os Novos 52.
O Monstro do Pântano e sua amada Abby. Arte de John Totleben. (Fonte Comicvine) |
E o novo visual do Monstro na linha Os Novos 52, da DC Comics. Arte de Yanick Paquette. (Fonte: Silver Snail) |
Fonte
- Força Verde em Revista Mundo dos Super-Heróis nº 17, Editora Europa (2009);
- Swamp Thing em Comicvine.
Nenhum comentário:
Postar um comentário